07 maio 2010

Não existe perseguição ao Evangelho no Brasil

E muito menos a Jesus

Conforme sabem os meus amigos, eu sou muito envolvido com televisão, desde os meus 23 anos de idade, quando saí da Aeronáutica num dia e no mesmo dia fui admitido como diretor de televisão, logo numa emissora afiliada da Rede Globo. A dona da TV era mais doida do que eu, mas aconteceu.

Paralelamente a isto, a atividade na área do ensino e no campo da informática, além do interesse pelo estudo da história das religiões, do comportamental humano, da tecnologia e essas coisas que me meto a escrever e até fazer algumas palestrinhas, em alguns lugares.

Por gostar de televisão, vivo aqui em casa com algumas antenas apontadas para satélites e alguns receptores digitais, zapeando de um lado para outro e parando para observar vários tipos de canais. Até coisas não muito agradáveis eu paro para dar uma olhada, com olhos de observação, sobretudo na minha curiosidade aguçada nessa coisa do comportamental.

Algo me tem chamado atenção, que é a quantidade de canais de televisões, e rádios também, com horários inteiros ocupados por denominações religiosas, cada uma pregando conforme os seus interesses e as suas características próprias.



Aqui em São Paulo, por exemplo, quando acordo cedo demais, observo que no amanhecer um número enorme de canais é ocupado com programação religiosa, cada um vendendo o seu peixe, o que é um direito que todos devemos respeitar. A madrugada, então, é carregada.

O detalhe que quero enfocar é algo que tenho observado, nesses programas, e não é de hoje, que é uma citação que muitos religiosos fazem, acerca duma suposta perseguição ao Evangelho, existente no Brasil, como se existisse um grande segmento de brasileiros na condição de inimigos de Jesus.

Esse termo inimigo é usado demais. O espírito bélico da maioria das religiões é algo impressionante: “Temos que lutar contra o inimigo!!!”, “Temos que destruir o inimigo, vamos liquidar o inimigo...” , “Temos que ter cuidado com o inimigo”... e por aí vai, inimigo pra cá, inimigo pra lá, inimigo pra tudo quanto é canto.

E aí eu fico pensando: Que diabo de inimigo é esse?

Quem são esses que tanto perseguem o Evangelho, aqui no Brasil?

Aí eu fico comparando com as tais “elites”, que o pessoal do PT tanto fala. Você, que está lendo, sabe quem são essas tais elites? Eu não sei, não tenho a menor idéia.

Mas sim, vamos lá.

Por que as religiões, em vez desses discursos de guerra, não mudam as suas pregações para discursos de PAZ?

Será que a opção pela guerra é mais conveniente para elas? Eu sei que o produto “guerra” é algo muito rentável para muita gente.

Eu já botei a cabeça pra pensar, várias vezes, e não consegui ainda entender, porque tanta gente gosta tanto de ver a imagem de Jesus todo arrebentado, cheio de porrada pelo corpo, na base do quanto mais sangue, melhor.

Acho um absurdo, mas... o que se há de fazer?

O que posso garantir aqui, é algo que não é preciso afirmar, porque qualquer leitor pode conferir o que vou dizer:

Não existe perseguição ao Evangelho no Brasil e muito menos a Jesus.

Essa ladainha que as religiões andam repetindo, nas igrejas e na televisão, com certeza absoluta é uma tremenda conversa fiada, um papo furado muito besta, tudo indica querendo fazer com que o povo de hoje se sinta nas mesmas condições dos cristãos dos velhos tempos romanos, da época em que os cristãos eram, de fato, perseguidos, caçados, torturados e até levados à arena para serem queimados ou devorados pelas feras.

Aquela figura do centurião, tipo esse bobão que está aí ao lado, não tem mais lugar no mundo de hoje.

Com certeza absoluta não temos nenhum Nero, em nosso País e, creio, na grande maioria do mundo já não existe, há muito tempo, espaço para esse tipo de gente e de sistema. Ainda se vê alguma perseguição na Coréia do Norte, Irã, Somália, Afeganistão, Maldivas, Iêmen, Mauritânia, Laos e Uzbequistão, mas se formos analisar a relevância e representatividade desses países, no planeta, não vamos encontrar nada, porque eles não significam porcaria nenhuma, são regiões extremamente atrasadas, do ponto de vista espiritual e não podemos, aqui no Brasil, falar em perseguição ao Evangelho, porque isto ainda existe nessas insignificâncias culturais.

O que tem muito no Brasil, de fato, é político safado, ladrão, descarado e até capaz de mandar matar gente que possa ameaçar os seus interesses, mas, tenho certeza absoluta, que nenhum deles, por mais bandido e perverso que seja, tem a menor inspiração ou motivo para mandar matar gente, por ser cristã ou adepta de Jesus, mesmo sem o rótulo cristão e sem praticar qualquer religião.

Muito pelo contrário, os políticos não são nem bestas de fazer uma coisa desta porque sabem, perfeitamente, que cem por cento do povo brasileiro é cristão e que esse povo que vota.

Portanto, não seria “politicamente correto”.

Quem seria o perseguidor do Evangelho, então, no Brasil?

A Igreja Católica? Claro que não. Ela existe, queiram ou não alguns, com base em Jesus, tem a cruz, o símbolo do martírio de Jesus, como o seu símbolo, e até admite Jesus como sendo o próprio Deus. Repete o sacrifício de Jesus através do seu ritual maior, a missa, e não resta dúvida de que Jesus é a sua orientação. Agora, se ela tem a sua maneira de definir Jesus e de ver Jesus, aí são outros quinhentos, porque existem milhares de formas diferentes de religiões, ditas cristãs, o verem.

Seriam os Protestantes? Claro que não. Queiram ou não, eles, que gostam de ser rotulados até de Evangélicos, têm em Jesus a personagem maior, qualificando-o, inclusive, como sendo o próprio Deus, como os Católicos, embora existam igrejas que, em suas pregações, falam mais no nome do Satanás que no dele. Mas não teria sentido alguém achar, por exemplo, que seriam eles.

Seriam os Espíritas? Também não. No Espiritismo Jesus é o Maior Modelo e Guia que os seus seguidores devem seguir, conforme orienta a doutrina, e o Evangelho é a diretriz moral que todos devem seguir, sobretudo a parte Moral, que é a razão de tudo.

Seriam os Umbandistas? Também não. Jesus é, para eles, também o maior, o Senhor, eles gostam e tem o Evangelho como guia, e não se vê umbandista nenhum perseguindo o Evangelho. Diga-se de passagem, umbandista nenhum se envolve em discussão religiosa.

Seriam os Muçulmanos, Budistas, Judeus e adeptos de outras religiões, que residem no Brasil? Claro que não. Mesmo que fossem eles, não teriam representatividade nenhuma, posto que o número deles, em nosso país, é bastante irrisório e bem insignificante, a ponto de representarem alguma ameaça a seja lá quem for e o que for. Em princípio os budistas são de paz, não perseguem religião nenhuma e nem se envolvem na crença de ninguém. Os judeus também não se envolvem em discussão religiosa nenhuma no Brasil, muito pelo contrário, em nosso país a gente encontra árabes e judeus unidos, até em passeatas, em São Paulo, na mais perfeita harmonia, em campanha por paz entre seus povos e que acabem de uma vez por todas aqueles intermináveis conflitos que existem em suas regiões, que causam tantas mortes e sofrimentos.

O Hinduismo em mais de 850 milhões de seguidores no mundo, mas no Brasil não tem quase ninguém. Portanto, não é quem persegue o Evangelho. As religiões chinesas, também, não têm a menor influência no Brasil, ninguém nem ouve falar.

Quais seriam, então, os tais perseguidores do Evangelho, no Brasil? Por acaso, não seriam os Ateus?

O religiozismo comum, não muito comprometido com a honestidade no que afirma, tenta fazer crer aos seus fiéis que os ateus, necessariamente, são verdadeiros monstros, que lutam contra Deus, contra Jesus, contra o Evangelho e que seriam, necessariamente, adeptos de Satanás.

Mentira, conversa fiada. Se ateu não acredita em Deus, obviamente não acredita também em Satanás. Ateu não se envolve, nunca, em assuntos religiosos porque são coisas que não lhe interessam e não lhe significam nada. Não são perversos, não são desonestos, não são monstros e não são necessariamente pessoas que persigam quem quer que seja. Apenas não acreditam em Deus, dizem eles, embora exista aquela figura do “Sou ateu, graças a Deus”. Eu, por exemplo, já tive amigos ateus que sempre foram pessoas honestas, calmas, tranqüilas e dignas, algumas até caridosas e preocupadas com as necessidades do próximo. Não quero dizer que todo ateu é santo, nada disto, porque no segmento deles, também, é claro que existe gente de mau caráter, nas mesmas proporções do que existe do outro lado, posto que rótulo religioso não dignifica o caráter de ninguém.

Muito pelo contrário, na história da humanidade os que são rotulados cristãos já promoveram mais guerras, mais torturas, mais destruições e muito mais perversidades do que os ateus.

Nem nos países do outro lado do mundo, onde o Islamismo prolifera, já não se vê tanto ataque aos cristãos e ao Evangelho, como existia em tempos passados. Só que no passado, quando haviam conflitos entre cristãos e muçulmanos, não eram só os muçulmanos que atacavam os cristãos não, eles se atacavam, mutuamente, eram agressões de ambos os lados, com todas as torturas, perversidades e crueldades que ambos os lados achavam que tinham direito.

Sempre houve aquela coisa de “Vasco e Flamengo”, “Corinthians e Palmeiras”, no campo religioso, mas coisa sempre praticada por gente de elevado coeficiente de imbecilidade, como imbecis são os torcedores de um time que vêem os do outro como rivais e inimigos. Um palmeirense que agride a um corinthiano, ou vice-versa, é um animal de elevado nível de irracionalidade.

Afinal de contas, quem são os tais perseguidores do Evangelho, que determinados religiosos tanto falam nas igrejas e na televisão?

Com certeza absoluta, eles não existem, no Brasil.

O que existe no Brasil, como existe também nos Estados Unidos e em outros locais, são aqueles malucos, perturbados e doentes mentais, que adotam símbolos nazistas e promovem agressões, mas agressões a negros, homossexuais e até nordestinos, como é o caso de um determinado segmento em São Paulo. Tem também aqueles idiotas e monstros da Ku Klux Klan, dos Estados Unidos, que são racistas ao extremo. Mas agressão a rotulações religiosas, os daqui do Brasil não fazem. Mas o número é tão pequeno, tão insignificante, que não se pode contar como relevante na população e nem existe no Brasil inteiro.

Mas tem uma resposta para isto

Em muitos casos, existe, por exemplo, um determinado elemento da prefeitura que não vai com a cara de um determinado pastor, por algum problema pessoal. Aí começa a criar dificuldades para ele e o que puder infernizar a vida dele, inferniza. Pode ser, também, em relação a um determinado padre.

O que faz o religioso, então?

Começa a dizer, para os seus fiéis, que a perseguição é ao Evangelho e a Jesus, quando na realidade não tem nada a ver.

Todos sabem do caso de um religioso, de uma certa igreja, que se envolveu com uma moça, casada, teve caso com ela, por algum tempo, até que o marido, que também era membro da igreja, descobriu, abandonou a igreja e passou a ameaçá-la, quebrando as suas portas, vidraças, telhado e tudo o que podia quebrar, além de ameaçá-lo de morte.

O que o religioso passou a dizer para os seus fiéis?

Que a sua igreja estava sendo atacada pelos inimigos do Evangelho, os perseguidores de Jesus. Que diabo tem a ver um problema pessoal com perseguição ao Evangelho?

Gente, a coisa é tão séria, que têm religiosos praticando as mais sórdidas canalhices, atos de banditismo, da forma mais calhorda e, quando são pegos pela polícia, começam a dizer para os seus adeptos que é perseguição ao Evangelho.

Houve aquele episódio de um casal, famoso, que foi pego pela polícia americana, transportando dólares ilegais, o que foi comprovado por câmeras e por todos os meios. Foram presos lá nos Estados Unidos, mas apareciam na televisão pedindo orações, aos seus fiéis, como vítimas, se dizendo injustiçados, sob a mesma argumentação: Perseguição ao Evangelho.

Naquele caso do escândalo dos milhões de reais transportados, em espécie, em malas, num avião, quando a imprensa anunciou, como anuncia todos os outros escândalos, argumentaram que era perseguição ao Evangelho.

Nos grandes escândalos, dos políticos, foi comprovado que a maioria da bancada de deputados, considerada como cristã, em Brasília, estava envolvida nas maiores safadezas e corrupções. Ao ser dito isto, na imprensa, mais uma vez argumentaram: É perseguição ao Evangelho.

Será que aquele descarado daquele deputado, que estava orando para Deus abençoar o dinheiro roubado, no escândalo da gang do José Roberto Arruda, se for preso, vai pedir orações para os fiéis da sua igreja, sob a alegação que a sua prisão é perseguição ao Evangelho?

O pior é que tem muito brasileiro idiota que acredita e vai na onda.

A grande verdade

Há quem se aproveite dos noticiários que mostram padres pedófilos, para denegrir a imagem da atual Igreja Católica. É gente sem vergonha que faz isto, pois, a maioria dos padres e da Igreja Católica quer mesmo é sintonia com Jesus.

Há quem se aproveite do modismo do mercantilismo religioso, promovido por pseudos-pastores, verdadeiros mercenários, que montam verdadeiros impérios e indústrias em nome de Je$u$, para generalizar e dizer que todo pastor Evangélico só pensa em dinheiro. Mentira também, existem inúmeros pastores dignos, igrejas cujo foco é verdadeiramente JESUS.

Há mentirosos que dizem que espíritas andam consultando espíritos e que vivem a seguir espíritos malignos, contrários a Jesus. Mentira sem vergonha, pois, espírita nenhum vive a consultar espíritos e muito menos dão ouvidos a qualquer idiota que venha a pregar contra a moral de Jesus. Claro que existem, também, espíritas safados, mas invariavelmente sua diretriz é Jesus.

Há mentirosos que dizem que os Umbandistas existem para fazer o mal, para seguir demônios e espíritos ruins. Mentira também, conversa fiada. Os umbandistas se propõem a fazer o bem e Jesus é, também, o ídolo maior deles.

Há quem queira conceber a cultura oriental como pecaminosa e até condenada, porque a grande maioria não teve condição de conhecer Jesus e seus ensinamentos. Conversa fiada também. As religiões orientais são até mais antigas que o Cristianismo e vários dos seus precursores trouxeram propostas, para o homem, semelhantes às que Jesus apresentou. Claro que existem doutrinas e seitas malucas, mas a maioria se propõe a fazer o bem e jamais seriam contra Jesus.

Se existe a tal bíblia do diabo, é coisa de maluco, gente que nem fede e nem cheira, não representa nada, não tem influência nenhuma e ninguém dá bola. Você conhece alguém que seja adepto dela? Eu também não conheço e quase ninguém conhece.

Conclusão

Afirmo, com toda segurança, que quase cem por cento do povo brasileiro adora Jesus e não tem a menor vocação para ser contra e muito menos perseguir o Evangelho. Afirmo também, com a mesma segurança, que os que mais prejudicam a difusão das propostas morais e de amor de Jesus, são exatamente aqueles que se dizem seus seguidores, mas vivem em eterna contradição, permanecem na intolerância, no desrespeito ao direito dos outros de crerem ou pensarem como quiser, que acham que todo aquele que pensa contrário a sua maneira de ver, necessariamente é inimigo e não abrem mão desse discurso bélico maluco e insensato, que só distanciam as pessoas umas das outras, em vez de uni-las. Há imbecis que são contra, inclusive, o Ecumenismo, que é o primeiro passo para o diálogo e entendimento entre os pensamentos de fé diferentes. Quem se recusa ao diálogo, ao entendimento, a alteridade e ao respeito ao direito de crença, este sim, está na contra mão de Jesus e do Evangelho.

Bom, meu amigo leitor, o grande problema é que ainda tem muita gente que adora passar atestado de besta para os outros e, o mais lamentavelmente ainda, é que o universo de trouxas ainda é muito grande, por isto eles ainda encontram eco nas suas investidas.

Carinhosamente.

Alamar Régis Carvalho

Analista de Sistemas, Escritor, ator, profissional de televisão.

Criador da idéia do Partido Vergonha na Cara - www.partidovergonhanacara.com
alamar@redevisao.net

www.alamar.biz - www.redevisao.net - www.site707.com

Um comentário:

Antonio Carlos disse...

Caro amigo Neimar.
Concordo quase que na totalidade com o que o Alamar disse, principalmente em relação aos escândalos políticos e religiosos, sobre os padres e pastores honestos e desonestos e que a “perseguição” ao Evangelho no Brasil não passa de conversa fiada, nisso concordo literalmente com ele, pois como ele mesmo disse muitos se aproveitam da fé de seus seguidores para colocar a culpa no diabo por todos os desmandos que cometem.
Há, porém um ponto que sou forçado a discordar: a perseguição religiosa fora do Brasil, principalmente em países hindus e islâmicos.
Nesse ponto, infelizmente, o Alamar está desinformado e muito. Os países que ele citou realmente não têm representatividade no cenário mundial, no tocante, principalmente ao número de habitantes, mas quando olhamos para a Índia, a China e para os países árabes na sua totalidade vemos que o contingente de pessoas que sequer admitem a presença de um cristão na sua vizinhança é maior do que se pensa e do que se noticia nos meios de comunicação no Brasil.
Convido-o a visitar apenas um dos sites que falam a respeito da perseguição nesses países (http://www.portasabertas.org.br/) e você verá que as informações que nosso querido Alamar tem a respeito do assunto são muito limitadas e isso não é vergonha nenhuma pra ele, pois até mesmo entre os cristãos, assim chamados os que pertencem às Igrejas Evangélicas, no Brasil e no mundo, o percentual dos que sabem da existência de uma Igreja Perseguida e de que cristãos são mortos diariamente, simplesmente por pregarem o Evangelho, não chega a 5%. Isso sim é vergonha.
Estima-se que 100 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum nível de hostilidade em seus países por confessarem a fé cristã.
Que o Senhor continue te abençoando grandemente, dando sabedoria e entendimento em todas as coisas.
Sempre juntos em Jesus.
Antonio Carlos
WWW.procurandoosperdidos.com