09 novembro 2010

SOLIDARIEDADE NA PERSPECTIVA KARDECIANA

O que é solidariedade? Para os egoístas a palavra reverbera perturbadora. Incomoda porque o seu verdadeiro significado impõe mobilização de recursos em favor do próximo. Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar. Mas, o que é ser solidário? É sentir a necessidade íntima de partilhar, é querer ir mais além, é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber; é estender a mão ao próximo sem olhar sua raça, condição gênero, conta bancária. A internalização do sentimento solidário torna-nos efetivamente pessoas melhores.  A solidarização é o “sentimento de identificação com os problemas de outrem, o que leva as pessoas a se ajudarem mutuamente”
(1). É uma maneira de assistência moral e espiritual que se concede a alguém, seja por simpatia, piedade ou senso de justiça. No sentido de laço de união fraternal que une as pessoas, pelo fato de serem semelhantes, chamamos de solidariedade humana. É compromisso pelo qual nos sentimos em obrigação umas em relação às outras, ou seja, é a interdependência e a reciprocidade.
Infelizmente vivemos num ambiente social de quimeras postergadas, de sonhos frustrados, de mentes cansadas, numa sociedade de nódoas morais, de “mentes vazias” e atoladas nas futilidades hodiernas, isoladas no cipoal do “ego” enregelado. Vivemos completamente mergulhados na vida egocêntrica, que nos remete irreversivelmente à solidão. O Espírito Emmanuel ressalta que “a técnica avançou da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário. Aprimoraram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia”
(2). Os males que afligem a Humanidade são resultantes exclusivamente do egoísmo (ausência de solidariedade). A eterna preocupação com o próprio bem-estar é a grande fonte geradora de desatinos e paixões desajustantes. A máxima "Fora da Caridade não há Salvação"
(3) é a bandeira da Doutrina Espírita na luta contra o egoísmo. A solidariedade é a caridade em ação, a caridade consciente, responsável, atuante, empreendedora.  Os preceitos espíritas contribuem para o progresso social, deteriora o materialismo, faz com que os homens compreendam onde está seu verdadeiro interesse. O Espiritismo destrói os preconceitos “de seitas, de castas e de raças, ensina aos homens a grande solidariedade que deve uni-los como irmãos”
(4). Destarte, segundo os Benfeitores espirituais, “quando o homem praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade”
(5). A recomendação do Cristo “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”(
(6). Assegura-nos o regime da verdadeira solidariedade e garante a confiança e o entendimento recíproco entre os homens. A solidariedade na vida social é como o ar para o avião.
O avião, apesar de toda tecnologia, se não tiver ar ele não voa. A prática desse sentimento vivifica e fecunda os germens que nele existem, em estado latente, nos corações humanos. A Terra, local de provação e de exílio, será pacificada por esse fogo sagrado e verá exercido na sua superfície a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor e da solidariedade.
É imprescindível darmo-nos, através do suor da colaboração e do esforço espontâneo na solidariedade, para atender, substancialmente, as nossas obrigações primárias, à frente do Cristo
(7). Ante as responsabilidades resultantes da consciência doutrinária, que nos impõe a superar a temática de vulgaridade e imediatismo ante o comportamento humano, em larga maioria, a máxima da solidariedade apresenta-se como roteiro abençoado de uma ação espírita consciente, capaz de esclarecer e edificar os corações, com a força irresistível do exemplo.

Jorge Hessen
http://jorgehessen.net

 Fontes:

(1)       Cf. Dicionário Caldas Aulete
(2)       Xavier, Francisco Cândido.  "Fonte Viva" ditada pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1992
(3)       Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, Cap. XV
 4)       Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000,  pergunta 799
(5)       idem  perg.
(6)       Jo 15.12
(7)       Xavier, Francisco Cândido.  "Fonte Viva" ditada pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1992

Crianças perversas

 Este é um assunto difícil da gente abordar, tendo em vista o nível de hipocrisia de muitas pessoas, que adoram “tapar o sol com a peneira”, fingir que não sabem aquilo que todo mundo sabe, preferir que não se fale em coisas que são realidades. Há até os que acham que o recomendável é que não se fale, porque não é “politicamente correto”, “as pessoas podem não gostar de você tratar deste assunto”, e por aí vai.

Falo do problema das crianças e adolescentes de índoles más, crianças perversas e possuidoras de mau caráter.

A foto ao lado é da atriz mirim, Clara Castanho, que faz o papel de uma criança complicada, na novela da Globo.

Nós vivemos em um país onde impera um elevado nível de demagogia e hipocrisia, onde vigora um estatuto da criança e do adolescente com muita coisa boa pelo meio, mas que é, também, um festival de idiotice, mas que ouvimos da boca de muitos brasileiros presunçosos que afirmam ser este o melhor estatuto do mundo, do mesmo jeito que dizem, também, que a nossa ridícula lei trabalhista é a melhor do mundo, que a nossa economia é a melhor do mundo... e haja melhor do mundo, em nosso País. Só falta dizer que os nossos políticos são os melhores do mundo.

Há séculos e milênios todo mundo sabe da existência da criança má, a criança que já nasceu com índole agressiva, perversa e desonesta, mas ninguém que admitir.

Todo o mundo vê por aí, a todo instante, crianças que são verdadeiras pragas.

Creio que você já deve ter percebido muitos pais, diante das maldades, vícios e atos desonestos dos seus filhos, afirmarem:

- “Ele está fazendo isto, por causa das más companhias. Aqui em casa ninguém faz isto”.

Na maioria das vezes, a criança não faz isto por causas das más companhias, como os seus pais querem fazer crer; pelo contrário, ela que é a má companhia, a peça ruim do grupo de crianças ou adolescentes em que vive, mas os pais não querem admitir nunca.

Má companhia é sempre o filho dos outros, o nosso nunca.

Quanto a costumeira alegação do “aqui em casa ninguém faz isto”, também não faz sentido porque em muitos lares muitos pais cometem atos não recomendáveis, diariamente, inclusive na frente dos filhos. Não tem sentido, por exemplo, um casal fumante se achar surpreendido, quando vê um filho ou uma filha de 13 anos fumando e vir dizer que é coisa das más companhias. Está querendo enganar a quem?

Mas o objetivo desta matéria não é nem falar dos vícios, embora estejam crescendo assustadoramente os índices de adolescentes que começam a beber e a fumar cada vez mais cedo, o que é uma vergonha para a sociedade. O que quero falar é sobre a perversidade, mesmo, a ruindade, o instinto perverso, agressivo, traiçoeiro, desonesto e mau caráter de muitas crianças e adolescentes.

Você já deve ter ouvido, também, muitos pais, que tem filhos absolutamente diferentes uns dos outros, dizerem: “Eu gosto de todos os meus filhos, de forma igual. Não gosto de um mais do que o outro. Sinceramente.”.  Ainda botam o “sinceramente” no final da frase, para dar consistência àquela sua falsidade, quando na verdade se trata de uma mentira deslavada, na prática do “me engana, que eu gosto”.

Tem alguns “educadores” e juristas, por aí, pedindo censura à Rede Globo, por causa da personagem Rafaela, da novela das 21 horas, querendo que não se fale no assunto e que fique todo mundo, como um monte de idiotas, fingindo que o problema não acontece.

Nesta semana o “Jornal Hoje”, da Globo, mostrou uma criança, de 13 anos, que já teve 15 passagens pela polícia,... vejam bem, com apenas 13 anos... que diz não se arrepender de nada que fez, ri e debocha na cara de todo mundo, diz que vai continuar fazendo as mesmas coisas, que tem raiva e ódio de pessoas e ainda diz que um dia ainda matará uma das pessoas que ela não suporta, citando o nome dessa pessoa.

O “bullying”, que é o nome inglês que deram para a agressão nas escolas, é uma das práticas mais estúpidas que se faz nos colégios, tudo por iniciativa de crianças perversas, a imprensa já falou sobre o assunto, diversas vezes, não se vê uma providência por parte do Ministério da Educação, não se vê nada que vise coibir essa praga, tudo por conta da nojenta hipocrisia que estabeleceu que criança e adolescente podem fazer o que querem e ninguém pode fazer nada. 

Mas a ridícula legislação brasileira acha que isto não é nada, que não representa problema nenhum, que o chamado “de menor” não deve responder pelos seus atos, partindo de um princípio que todo cidadão abaixo de 18 anos é acéfalo, não raciocina, não tem discernimento, não pensa e tem o direito de fazer o que quer e bem entende.

Quando é para a sem vergonha classe política criar legislação para aumentar o número de títulos de eleitores no país, facultando à “criança” de 16 anos a votar, para escolher inclusive o presidente da república e os membros do congresso nacional, aí não tem problema nenhum, partem do princípio que eles são racionais, são responsáveis e que sabem o que estão fazendo, mas quando é para responsabilizá-los por um crime hediondo, aí não, coitadinhos, eles já não tem mais discernimento e nem racionalidade, porque são bebês, ainda tomando Nestogeno primeiro semestre.

Os Estados Unidos, neste exato momento, está tratando de levar à prisão perpétua o menino Jordan Brown (fofo ao lado direito),  de apenas 12 anos, que, covarde, fria, perversa e traiçoeiramente assassinou a nova esposa do pai, com um tiro na nuca, a queima roupa. Há quem queira, lá, a pena de morte, tamanho o nível de indignação popular.

Aqui, a “bondade” da “pacífica” e “santa” sociedade brasileira, que também quer se considerar o povo mais pacífico do mundo, chega ao outro extremo e se manifesta contrária àquilo, continuando a achar que o seu estatuto da criança é o melhor do mundo, e que o certo é o nosso país, onde criança e adolescente pode roubar e matar a vontade, traficar drogas e até andar com fuzis carregados de munição pesada nos morros, servindo a traficantes, a fim de queimar  policiais e quem se atreva a contestar o tráfico de drogas.

Aqui no Brasil uma criança pode agredir os seus professores, não apenas passando a mão na bunda da professora, mas ficando a vontade para dar-lhe bofetadas, jogá-la ao chão, chamar outros colegas para chutá-la, torturá-la, tirar sangue e até esfaqueá-la, que não tem problema nenhum. Afinal de contas, é de menor. Na foto seguinte, uma professora agredida.

Se o professor reage, mesmo que seja para se defender, aí sim, ele responderá processo, será afastado das atividades e ir para a cadeia, que não tem problema nenhum. Se a família do professor passar necessidades, não tem problema nenhum também.

A criança perversa existe e como perversa deve ser tratada, com muito rigor e que a ela deve ser imposto o mesmo tipo de dor que ela impôs aos outros. Discurso demagogo não educa ninguém; bondade religiosa, de araque, também não.

Não se pode tentar educar e domar uma criança brasileira, falando grego, árabe ou russo, porque ela não vai entender o significado das palavras. A mesma coisa acontece, quando educadores e religiosos, com suas angelicais bondades, se dirigem a ela falando palavras como fraternidade, dignidade, caráter, justiça, amor, paciência, calma, justiça, etc... porque ela não entende estas palavras, que entram num ouvido e saem no outro.

Lembro-me de um episódio ocorrido estes dias, aqui em casa, quando a nossa cachorrinha pincher, a Mini, resolveu fazer cocô nos quartos e na sala, embaixo da cortina, coisa que ela não fazia antes.

E a Tina, muito danada da vida, chama a atenção da cachorrinha:

- “Poxa Mini, não faça mais isto. Eu estou cansada e não posso ficar todo dia limpando o seu cocô...”

Aí eu pergunto a ela:

Você acha que a cachorrinha entendeu isto que você disse a ela? Ela sabe o que significa o verbo fazer e você dizer que está cansada e que não pode ficar limpando o seu cocô?

Dá-lhe umas boas chineladas e esfregue a cara dela no cocô, no lugar onde ela fez, que aí ela entende.

A criança e o adolescente de hoje, que só sabe falar “hanrã” e alguns monossílabos, não está nem aí para o que os pais dizem e que se danem eles se têm pressão alta, têm problemas ou até corram risco de infarto.    

Nós vivemos em um país onde a palavra autoridade é coisa do passado. O próprio presidente da república governa sem autoridade, porque há vagabundos da sua base governamental que fazem o que querem no Brasil e ele não pode falar nada, porque politicamente não é conveniente. Disse-me, um leitor, que é forte militante do PT, mas ao mesmo tempo diz gostar muito dos meus artigos, que existem alguns “donos” do Lula, que, quando falam com ele, parecem desconhecer que ele é o presidente da república, gritam, falam alto, exigem e já até teve gente para mandá-lo calar a boca, em pleno Palácio do Planalto, obrigando-o a fazer o que o grupo queria. Esse amigo cita, inclusive, que esse grupo que está querendo impor a censura à imprensa, é desse tipo, que se acha com mais poder no país que o próprio presidente e que até diz que a praga será implantada no Brasil, queira ou não o presidente.

Só me lembro do episódio do Castelo Branco diante do seu irmão, no episódio do presentinho recebido.

Falta autoridade, falta o respeito e falta tudo, em nosso país.

Dentro dos lares e nos colégios é a mesma coisa.

Os pais morrem de medo dos filhos, os professores e diretores morrem de medo dos alunos... e assim vai indo este país que diz querer ser chamado de primeiro mundo.

Veja o que se passa na cabeça do adolescente:

- “Ah, eu vou experimentar uma cocainazinha, o que custa? Se os meus pais falarem alguma coisa, eu grito com eles, e pronto. Se eu me viciar, posso tirar o dinheiro do meu pai quando quiser, que eles não vão tomar providência nenhuma, porque morrem de medo de mim, vou poder roubar e vender as coisas de casa. Sabe como é que é, né? Mãe é mãe e a minha não vai me desamparar nunca, ela nunca vai me dar um pé na bunda e me jogar na rua, porque morre de pena de mim. Basta eu chorar um pouco, mesmo sem lágrimas. Bater não podem, porque poderão ser presos, sou protegido pelo estatuto da criança e do adolescente. Legal, um barato, eu posso fazer o que quero, despreocupadamente”.

É isto que acontece.

Pequenos marginais protegidos pela legislação demagoga de um país que não tem vergonha na cara.

Só que, quando eu escrevo estas coisas, sempre aparece um demagogo barato para dizer:

- “Você quer, então, é voltar aos tempos da barbárie? Quer que os pais espanquem os seus filhos, tirem pedaços e torturem?”

A reação dos extremistas é sempre assim, porque as suas mentes ridículas não conseguem entender os limites das propostas.

Quando se fala que os pais devem ter mais autoridade, que devem apelar mesmo para a palmada na criança rebelde, para o chinelo, quando necessário, para a postura enérgica e até para o castigo em casa, os extremistas de mau gosto e de inteligência atrofiada sempre levam para o extremo, achando que estamos querendo que os pais mandem fazer instrumentos de tortura, para as suas casas, semelhantes àqueles usados pelo padre Torquemada, para torturar os chamados “hereges”, no tempo da inquisição.

É exatamente por causa dessas pragas que a coisa está como está em nosso país.

Há quem lute e defenda a idéia de que a assassina Suzane Von Richtofen (foto ao lado) deva sair da cadeia, porque é uma presa comportadinha, ajuda nas tarefas da penitenciária, não sabia o que estava fazendo, quando assassinou os seus próprios pais... enfim, é tanta bondade que a gente vê por aí, que não tem limites. A bandida sai da cadeia hoje, passa um tempinho, bem orientada por advogados, para não se expor muito, até que a imprensa não fale mais no assunto e a sociedade esqueça, os advogados se apoderam de boa parte do patrimônio do casal morto, que eles não são bestas, (ela tem que pagar os honorários), depois ela se envolve com novos namoradinhos, vai para as baladas, vai encher a cara e, não duvidem, poderá voltar a fazer a mesma coisa, talvez com o irmão, para ficar com toda a herança.

Fechar os olhos para a criança má, de hoje, é garantir a formação de um futuro marginal na família amanhã.

A Globo está certa, sim, em mostrar a personagem da Rafaela, magnificamente bem interpretada pela criança Clara Castanho, e vale a pena a sociedade se despir da máscara da hipocrisia, deixar de ser besta e encarar esta realidade.

Acabamos de ver mais uma tragédia, em São Paulo, quando um jovem foi morto, junto com a sua também jovem esposa, num terrível acidente de trânsito, quando o carro foi cortado ao meio, no choque com um poste. Entendemos e manifestemos a nossa solidariedade neste momento de sofrimento dos familiares e do pai do rapaz, que na televisão afirmou que era um filho maravilhoso, mas não podemos deixar de registrar que ele estava dirigindo bêbado.

Os bêbados continuam a dirigir, mas as pessoas dizem que eles só bebem socialmente.

O tabagismo continua a crescer, mas não tem problema, porque as pessoas só fumam por esporte.

É a realidade de uma sociedade mascarada que adora uma cervejinha, um wiskyzinho, uma cachacinha e uma pinguinha, acompanhada de um cigarrinho depois de um cafezinho e por aí vamos até permitir uma maconhazinha e uma cocainazinha, evitando falar em alcoolismo e até lutando para acabar com a chamada Lei Seca.

O Brasil é o país que tem todo tipo de proteção para bandidos: Se for bandido adulto, tem a Comissão dos “direitos” humanos, se for criança, tem o estatuto da criança e do adolescente.

E por aí vai, essa onda sem vergonha de hipocrisia.



Para a sua apreciação.

  



Alamar Régis Carvalho

Analista de Sistemas, Escritor, ator, profissional de televisão.

Criador da idéia do Partido Vergonha na Cara - www.partidovergonhanacara.com
alamar@redevisao.net

www.alamar.biz  -  www.redevisao.net - www.site707.com

30 maio 2010

Cobranças em eventos espíritas

Há pessoas que, provavelmente, tiveram sérios problemas morais, envolvendo dinheiro, no passado, e hoje estão reencarnadas, no movimento espírita, infernizando a vida dos outros, altamente incomodadas quando ouvem falar em dinheiro em evento espírita.

Eu já havia escrito uma matéria, tratando da questão do “Dai de graça, o que de graça recebestes”, mas chamando a atenção dos espíritas para observarem bem a sugestão de Jesus, que não nos manda dar TUDO de graça e sim o que DE GRAÇA nós recebemos.

Todavia, já que muitos confrades nossos parecem que não vêem relevância na necessidade de raciocinar, discernir e aplicar o bom senso nas coisas, terminam por pegarem a frase numa concepção superficial, sem disposição a se aprofundarem no seu contexto, e haja condenar o que a doutrina não condena. 


11 maio 2010

O eu, o nós e as muletas morais

Eu já escrevi sobre este assunto, há muito tempo, todavia acho interessante voltar a falar sobre ele, por algumas razões que acho relevantes: A primeira delas é o surgimento de um número considerável de novos leitores, no decorrer destes anos, desde quando escrevi da outra vez, a outra é porque acho que há necessidade de repensarmos alguns modelos de comportamentos que a sociedade adota, pautados na evolução de fachada, na humildade teatralizada, no sofisma e, para ser bem mais claro, na frescura mesmo. E haja hipocrisia.

Vivemos uma época de modismos descartáveis, aliás, as modas sempre são descartáveis, porque as utilizamos hoje e, de repente, deixa de ser moda e nos vemos obrigados a adotar as novas que surgem.

Eu não consigo ser eu mesmo, porque me vejo na necessidade de ser fantoche da sociedade, obrigando-me a vestir-me conforme todo mundo veste, a comportar-me conforme todo mundo quer que eu comporte e a também falar da forma como todo mundo está falando.