16 novembro 2008

Religiosos que não têm o que fazer

E são inúteis a Deus e a Jesus

Há muito tempo eu venho querendo escrever esta matéria, mas tenho deixado pra depois, pra depois... até que agora resolvi desenvolvê-la, haja vista o aumento da incidência de problemas relacionados a este tema.
Qual a idéia que você tem de religião?
Creio que, na cabeça da grande maioria das pessoas, religião deve ser coisa boa, não é? É algo que, na concepção de muita gente, tem a ver com Deus, (todas elas), com Jesus (as que se rotulam como Cristãs), com Maomé (os Muçulmanos), com Buda e com esses seres luminares que, conforme entende cada povo, são os intermediários de Deus (ou Alá) na relação conosco.
Pois é. Afinal de contas, religião é coisa boa? Quase todo o mundo acha que é.
Se é coisa boa, obviamente, implicitamente, as pessoas envolvidas com religião têm que ser necessariamente boas, não é verdade?
Têm que ser boas, dignas, honestas, humanas, fraternas, tolerantes, indulgentes, servidoras ao próximo... enfim, tudo isto que nós sabemos que se constitui em valores elevados.
Eu não estou me referindo especificamente aos líderes religiosos, aqueles que pregam “palavras” para o povo, para que esse povo siga os seus ensinamentos, como os padres, pastores, líderes espíritas, líderes mulçumanos, judeus etc. estou me referindo a eles, sim, mas também aos que se acham seguidores fervorosos das igrejas, sinagogas, mesquitas e congregações religiosas em geral.
Os líderes, que se apresentam como os condutores de “rebanhos”, teriam, mais do que todos, a obrigação de se conduzirem com mais coerência a essa dignidade, bondade e demais valores que todos esperamos da religião, não é verdade? Mas aqueles que vivem dentro de templos religiosos, portando livros que consideram sagrados, e até se disponibilizando a pregar para os outros, também teriam essa mesma obrigação de uma postura digna, pelo menos razoável.
Mas será que a gente vê isto na prática?
É esta a razão da matéria.
Gente, o que tem de religioso perturbado por este mundo afora, é algo impressionante. Não estou resumindo esta minha citação apenas ao segmento muçulmano que acha que a prática terrorista é agradável à Alá (denominação que dão a Deus), e sai por aí como homens bombas, praticando suicídios e até incentivando que os seus filhos se matem também, desde que tirem a vida de outros semelhantes, da forma mais violenta possível. Não estou aqui me referindo ao ódio interminável, de ambas as partes, praticado exatamente na terra que é considerada “santa”, por grande parte da humanidade que, sinceramente, não consigo entender que conceito de santidade esse.
Estou me referindo àqueles que estão mais perto de nós, os chamados seguidores de Jesus, já que o mundo muçulmano está bem distante e, antes de nos preocuparmos com eles, é bom que olhemos para o nosso próprio quintal.
O que significa pregar Jesus, divulgar Jesus, ensinar Jesus, aceitar Jesus... falar tanto em Jesus?
Obviamente ter adotado Jesus como o seu modelo de vivência em relação ao seu próximo, não é?
E será que os religiosos estão sendo coerentes quanto a isto?Não quero voltar o comentário para os números que demonstram:
“as guerras por motivos religiosos, já promoveram mais desgraças e mataram mais gente do que todas as outras guerras juntas, inclusive aquelas por motivos políticos”
e nem para relembrar um dos períodos mais estúpidos, ridículos e repugnantes, que foram os séculos de inquisição na Terra; quero enfocar é a lamentável guerra que a gente vê, hoje, nos dias atuais, pelos insensatos praticantes de religiões.
Conduzamo-nos com alguma inteligência e um pouco de coerência:
O materialismo ainda impera no mundo, o egoísmo e o orgulho ainda estão presentes na vida de muita gente, a raiva, o rancor, o ódio, a indiferença, a corrupção... enfim, todas as práticas indecentes e imorais vivenciadas por pessoas que não têm a menor idéia do que seja Deus e de quem seja Jesus.
O mundo ainda está cheio de gente ruim: ladrões, assassinos, matadores de aluguel, corruptos, corruptores, falsários, traficantes de drogas, traidores, agressores, estelionatários, terroristas, gente praticando abortos, suicidas, gananciosos, bancos, operadoras e cartões de crédito... enfim, existem inúmeras pessoas precisando ouvir e entender a “proposta Jesus” que, certamente explicada e sobretudo exemplificada, conduz muita gente à transformação moral e reforma íntima, que termina por construir homens novos.
Esta relação de bandidos que eu coloquei aí, não tem nada a ver com Jesus, sintonia zero com Deus e ignorância absoluta em relação aos valores espirituais e morais.
É aí que perguntamos:
Os religiosos, que dizem que têm Jesus em suas vidas, que aceitaram Jesus, que amam Jesus e até o concebem como sendo o próprio Deus, têm voltado as suas ações e dedicando as suas energias para trabalharem essas almas?
É claro que não, com raríssimas exceções.
Muitos estão preocupados é em atacar pessoas que já estão em outras religiões ou propostas filosóficas, que também têm certa afinidade com Jesus, que também já tem valores morais e espirituais bastante diferenciados dos bandidos citados, como se fossem verdadeiros inimigos.
Eu pesquiso muito esta questão religiosa, no que diz respeito ao comportamental das pessoas, e convido você a também voltar um pouco da sua atenção a isto, pra ver que coisa mais impressionante, tamanho a incoerência e contradição:
Você vai encontrar, por exemplo, religiosos não católicos, que dizem amar a Jesus, mas manifestam verdadeiro ódio contra Maria, exatamente aquela que foi a mãe do próprio Jesus, só por causa do excesso de amor que a igreja Católica têm por ela.
Eu me lembro de uma época, morando em Belém do Pará, quando escutei um líder religioso, que havia arrendado a antiga rádio Guajará daquela cidade, incitar o seu público ouvinte (deve ter feito o mesmo na sua igreja), a quebrar a imagem levada na procissão do Círio de Nazaré (a maior procissão do Brasil), sob a argumentação de que estavam obedecendo a Bíblia.
O insensato grupo havia, antes, mandado produzir cartazes “out doors” e espalhado pela cidade toda, atacando e provocando os católicos paraenses.
Agora imagine só, se o público desse irresponsável e inconseqüente religioso resolve aquiescer à sua proposta, a loucura que iria acontecer naquela cidade, cuja procissão é acompanhada por aproximadamente 2 milhões de pessoas, com um fervor impressionante. Iria ser uma carnificina gigantesca. Ainda bem que a sensatez do arcebispo de então, meu amigo Dom Vicente Zico, exerceu uma liderança que não permitiu revide aos “out doors” e a nenhuma provocação, limitando apenas a colocar a polícia de sobreaviso.
Como é que alguém, que diz amar a Jesus, pode manifestar esse tipo de sentimento em relação à própria mãe dele?
Ao mesmo tempo nós encontramos católicos, também, altamente radicais em relação a outros segmentos religiosos, manifestando verdadeiro ódio aos irmãos protestantes, como se fossem eles os bandidos que devem ser combatidos ou convencidos a entenderem a idéia Jesus.
Em razão do modismo que existe, de algumas igrejas supostamente evangélicas, que nada mais são do que iniciativas de mercenários, praticadas por elementos inescrupulosos, chegam a generalizarem, achando que todos os pastores evangélicos são também bandidos e praticantes da indústria da oferta, quando na realidade sabemos que existem muitas igrejas sérias, dignas e honestas, conduzidas por pastores do mais elevado nível moral. Toda generalização é burra!
A outros que se acham no direito de quebrarem e destruírem locais de prática da religião Umbandista, como recentemente aconteceu no Rio de Janeiro, ferindo pessoas idosas e quase praticando mortes.
Que Jesus é esse, gente???????
Que coerência e bom senso podem ter aqueles que discriminam um seu semelhante porque esse acredita na reencarnação e não admite a idéia de que Jesus é Deus?
Estará defendendo quem, o próprio Jesus? Será que ele, lá no seu reino, vai ficar morrendo de raiva porque algumas pessoas aqui não o vêem como Deus? Será que ele é tão orgulhoso a ponto de fazer questão disto?
Só mesmo alguém que não têm idéia da dimensão espiritual de Jesus, para ter uma concepção tão maluca, como esta.
Gente, religiosos chegam ao ponto de praticarem mentiras por escrito, a fim de denegrir a imagem de outros, citando sobre outras crenças o que elas não são, vinculando com coisas que nada tem a ver, inclusive adulterando até mesmo livros considerados sagrados, para que eles fiquem conforme as suas conveniências.
Que nível de inteligência tem alguém, que discrimina um semelhante, que também é adepto de Jesus, que concorda com quase tudo, mas que apenas diverge em alguns pontos apenas?
É coerente o religioso que não entende aquela máxima que diz: “O que nos une é incomparavelmente maior que o que nos separa”.?
Quem quiser amar excessivamente a Maria, que ame; quem quiser acreditar em reencarnação, que acredite; que quiser crer na existência de satanás, que creia; quem quiser achar que Jesus é Deus, que ache, e quem quiser achar que não é, que ache também, quem quiser chamar Deus de Alá, que chame, e daí, qual é o problema???????
Essas pessoas não são bandidas, não são assassinas, não são pessoas más, não exploram os outros, não maltratam ninguém. Por que, então, vamos vê-las como inimigas?
Tanto mal na Terra que precisa ser combatido: Os índices de assassinatos, pelo aborto, cada vez maiores, assim como os de suicídios; a corrupção cada vez maior, roubos, assaltos, extorsões inclusive praticada pelos próprios governantes, como a indústria das multas e taxas, casos como o da Eloá, do menino João Hélio e tantos outros que poderiam ser evitados se os religiosos tivessem mais juízo, mais responsabilidade e enfocassem nos objetivos certos.
Agora fica essa maluquice insensata de quererem convencer e até converter pessoas que nada têm a ver com qualquer prática marginal?
É coisa de gente que não tem o que fazer.
Está na hora de repensarmos esta situação, pelo bom senso e pela coerência.


Abração a todos.

Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas e Escritor
alamar@redevisao.net
http://www.redelivros.net/
http://www.redevisao.net/
http://www.alamar.biz/
ORKUT "alamarregis"

6 comentários:

Anônimo disse...

Preconceito e interesse financeiro são as forças que impulcionam a maior parte das religiões.
Entre todas as doutrinas do planeta as que eu acredito serem as mais razoáveis são, a Doutrina Espírita, o Budismo e o Taoísmo, pois estas não mensionam em seus livros de ensinamentos qualquer atitude vingativa ou de ira emocional vinda do ser supremo que rege nossas vidas, segundo cada uma delas crê.
Entre os seguidores da biblia sagrada é muito comum a crença em um deus castigador, vingativo, que quer queimar a maior parte de sua criação e que só gosta dos filhos que sofrem.
Quando uma doutrina é séria, ela prega que o bem do próximo é a maior riqueza que temos, mesmo estando este próximo frequentando outra doutrina. Já entre os protestantes há a idéia que só é bom se o próximo estiver em minha igreja, em minha doutrina, usando os mesmos rótulos que eu uso.
Tudo é movido por vaidade, inclusive a ira dos religiosos que são citados em seu texto.
Estes religiosos não entenderam os princípios de amor, paz e conciência, e em minha opinião, nunca irão entender.
Um grande abraço
Gilberto

Renato Trindade disse...

Costumo dizer que a fé tem o poder de unir as pessoas ao passo que as religiões muitas vezes confundem o que um dia foi dito ou que supostamente aconteceu. Ficam presas “na palavra” e insistem na fuga da evolução para um mundo melhor. A Fé é única, Deus é um só e a Religião um exercício dos ensinamentos dos “Altos”. Hoje nossa existência pode ser um merecimento ou um resgate. Homens não se interessam e/ou temem o verdadeiro significado desta benção que chamamos de VIDA. Dá-se aí, a criação de termos que não somam nada. Como tudo na vida, rótulos e interpretações diferentes sempre existirão. Contudo temos missões e estradas a seguir. O importante é parar em justa atenção. Mesmo com as dificuldades do mundo em que hoje vivemos, cabe a humanidade perceber o caminho certo. Como saber o caminho certo? Passamos pelas luzes e pelas sombras, por estradas claras e escuras e temos aqui palavras de luz. A leitura das obras de nossos mestres Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Chico Chavier… Romances mediúnicos de Robson Pinheiro, Mônica de Castro, Zibia Gasparetto, entre outros, edifica e soma conhecimentos e reposta para esta questão. É preciso compreender o verdadeiro significado da palavra “ESPIRITUALIDADE”. Na prática do bem sem olhar a quem, todos nós somos filhos de Deus.

Parabéns pelo seu trabalho amigo!
Estou levando o seu link comigo. Que a presença de Deus vibre em sua alma e eleve os seus pensamentos aos Altos!
Forte abraço,
Renato (HappyBlue)

ps. desculpe-me, fiquei confuso... Seu nome é Alamar ou Neimar? Sou seu amigo no diHITT. + 1 abraço e bom domingo.

Momento de Paz disse...

Amigo Renato, bom dia!

Obrigado pelo seu comentário, sua participação vem somar ao nosso propósito que é o de esclarecer e de contribuir para a evolução de todos nós. Esse texto foi escrito pelo nosso querido Alamar Régis... :o) eu sou o Neimar que mantém o Blog. :o)

um abração
Neimar Alves

Momento de Paz disse...

Oi Gilberto!

amigo, muito obrigado por participar, muito interessante o link que você deixou. Vou postar aqui pra que todos possam acompnhar o seu trabalho.

http://gibanet.blogspot.com/2008/09/religio-parte-1.html

grande abraço
Neimar Alves

Bybyzynhah disse...

Você conhece de fato uma vida cristã? você é cristão? como pode falar ou julgar o que vc nunca conheceu? como pode conhecer o coração das pessoas? qual é a pessoa que estava em trevas e depois que conheeu a Jesus ficou pior? Muitas coisas que tem ocorrido no mundo e inclusive na terra santa estão escritas, esta apenas se cumprindo. Agora não devemos culpar um unico grupo de pessoas por isso...o mundo todo é culpado....E quando os cristãos sumirem para estar com Deus ai quero ver quem é q vc vai achar os errados e interesseiros! Copm os filhos de Deus não se brinca, se respeita!

Momento de Paz disse...

Bybyzynhah boa noite! Ficamos muito felizes em receber sua mensagem.
Bom não fui eu o Neimar quem escreveu a matéria, foi o nosso querido Alamar Régis... mas creio que posso responder por ele vamos lá.
Você perguntou se conhecemos de fato uma vida cristã... Não. não a conhecemos, pois sabemos como é difícil trilhar o caminho do Cristo que exige resignação e compromisso, mas temos nele o exemplo do verdadeiro homem de bem. Sim, somos cristãos, pois seguimos os ensinamentos do Cristo (alguma dúvida?). Não temos aqui nenhuma intenção de julgar ninguém nem levantar falso testemunho, apenas nos sentimos na obrigação de alertar a maioria sobre a falsa idéia de que muitos "religiosos" têm sobre o "SEGUIR" o Cristo. Há pessoas por ai que grita aos ventos que são trabalhadores em nome do senhor, mas na verdade não tem uma verdadeira idéia do que realmente é seguir o mestre. Ou seja, muitos inventam artifícios: Igrejas, Guerras Santas e etc.. a história e os jornais nos mostra muito bem isso, a fim de justificar em cima do cristianismo suas próprias idéias e que na maioria das vezes de cristão não há nada apenas orgulho e vaidade. Como cristãos temos a certeza de que há muitos trabalhadores na ceara do mestre em vários setores da fé com um verdadeiro desejo de ajudar e não são poucos não, poderíamos ficar aqui por horas citando seus nomes, esses sim são os religiosos que tem muito que fazer. Você tem toda a razão não devemos brincar e brigar entre irmãos temos é que nos ajudar mutuamente cada um fazendo a sua parte é por isso que temos a nossa consciência tranqüila.

Um forte abraço
Neimar